Novela do novo posto da PM em Sousas completa um ano

28/03/2012 12:02

No dia 14 de outubro completou um ano que a segurança de Sousas é feita apenas por duas viaturas e uma base móvel, desde que o posto da Polícia Militar do distrito foi desativado. O processo para a construção do novo posto da PM encontra-se atualmente parado na Secretaria de Urbanismo, onde aguarda outros documentos para ser então encaminhado ao Departamento Jurídico.

O advogado e ex-diretor da extinta Macrorregião Leste, Vinicius Gratti, acompanha o caso desde sua primeira reunião com autoridades, e, assim como a população, aguarda um desfecho. “Participei desde a primeira reunião e sempre fui cobrado pelos moradores de Sousas, que se sentem expostos com a falta de segurança, por isso busco ajudar a acelerar o processo”, informou.

O local escolhido para a construção da nova base foi a Praça Carlos Sevá, localizada na Avenida Antonio Carlos Couto de Barros. Porém, por se tratar de um bem público, nada pode ser construído na área da praça, a não ser que ela seja doada ou desafetada. A desafetação consiste em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele.

“O processo de desafetação é mais rápido e menos complexo. A doação demora mais, mesmo que seja para o bem de uma comunidade”, explicou o vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB), que também acompanha o caso.

Novela

Sousas foi surpreendida com a desativação do posto policial no dia 14 de outubro de 2010. Os motivos, segundo a própria PM, seriam a falta de estrutura da base, que sofria principalmente nos dias de chuva, e a má posição estratégica. O prédio, que é tombado, funcionava na Rua Humaitá há cerca de 40 anos.

Comando da PM, vereadores, autoridades regionais e moradores se reuniram com frequência em busca de soluções. A Câmara Municipal de Campinas criou uma Comissão Especial de Estudos sobre a instalação da base fixa da PM em Sousas, em novembro de 2010. O vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB) tornou-se presidente, Sebá Torres (PSB) relator e Artur Orsi (PSDB) membro.

A última reunião sobre o assunto foi realizada há dois meses. Um ofício (protocolo 8505/2011) foi encaminhado para a Secretaria de Urbanismo solicitando a desafetação ou doação da praça, para depois ser enviado junto com o corpo da planta da obra ao Departamento Jurídico, aos cuidados de Antônio Caria Neto. Entretanto, o pedido foi parar nas mãos da Secretaria de Segurança e se extraviou.

Os escândalos da Prefeitura de Campinas, que culminaram no impeachment do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos, também atrasaram o processo, já que apenas assuntos emergenciais eram tratados naquela época.

Segundo o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Sousas, Thomaz Alcantara Cavallaro, a verba de R$ 120 mil, vinda do governo estadual pelo intermédio do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), já está liberada para a obra. Caso o orçamento da construção seja superior, a iniciativa será a busca de novos investimentos do poder público.

 

Por : Jornal Local